[citação 19]
A ARTE

A arte é poética
Brilhos, fulgores opacos de escrita,
desvios para os dois lados da margem
sem transposição de limites...
As ambíguas violências da paisagem, o reflexo do mar
nos vidros, tudo o - não especificamente poético - que retome
o poema, o desenvolva para além dele,
para o outro lado do sono, da respiração.
Repito: "brilhos, fulgores...", e através do verso assim recomeçado
é a minha própria voz que ouço e me atinge.
Diversa, no entanto, da voz inicial.
E essa outra, imaterial e abstracta,
já não é daqui, isto é,
pertence à própria conclusão de um pensamento estético,
de uma metafísica própria,
que me suportam e transcendem.
Citação/Poema > Nuno Júdice (n. 1949), Portugal
> in Crítica Doméstica dos Paralelepípedos, ed. Publicações D. Quixote/
Cadernos de Poesia, Lisboa, 1973.
Pintura > Hans Hartung (1904-1989), Alemanha/França
> T-50 peinture 8, 1950
[R]
Pesquisar Nuno Júdice
> A a Z (blogue)
Pesquisar Hans Hartung
> Fondation Hartung - Bergman
A ARTE

A arte é poética
Brilhos, fulgores opacos de escrita,
desvios para os dois lados da margem
sem transposição de limites...
As ambíguas violências da paisagem, o reflexo do mar
nos vidros, tudo o - não especificamente poético - que retome
o poema, o desenvolva para além dele,
para o outro lado do sono, da respiração.
Repito: "brilhos, fulgores...", e através do verso assim recomeçado
é a minha própria voz que ouço e me atinge.
Diversa, no entanto, da voz inicial.
E essa outra, imaterial e abstracta,
já não é daqui, isto é,
pertence à própria conclusão de um pensamento estético,
de uma metafísica própria,
que me suportam e transcendem.
Citação/Poema > Nuno Júdice (n. 1949), Portugal
> in Crítica Doméstica dos Paralelepípedos, ed. Publicações D. Quixote/
Cadernos de Poesia, Lisboa, 1973.
Pintura > Hans Hartung (1904-1989), Alemanha/França
> T-50 peinture 8, 1950
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Etiquetas: [citações 11-20], Hans Hartung, Nuno Júdice