quinta-feira, maio 24, 2007

A CIDADE DAS MULHERES



Nome feliz inspirado na Cité des Dames (Christine de Pisan, 1363-1430) e muito
oportuno, dada a relevância das cidades no mundo contemporâneo e o crescente
protagonismo das mulheres na vida pública e intelectual.
Ao longo deste mês de Maio Cristina L Duarte, que felicitamos, vem assinalando
o primeiro aniversário do seu blogue com posts diários. Aqui fica um contributo do
Ultraperiférico, com estas questões:
A tendência paritária homem/mulher é sobretudo um instrumento de
equidade e de justiça soci
al, em rotura com o passado dominado por
homens, ou poderá constituir uma revolução civilizacional?

Dito de outro modo: Um maior contributo das mulheres na vida pública
pode transformar o mundo, torná-lo melhor?
[R]

Fotografia > Hans Bellmer (1902-1975), Alemanha/França
> La Poupée, c. 1935 (fonte: Dolls of Hans Bellmer)
[R]

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quinta-feira, maio 17, 2007

[citação 21]
E OS BOS FILLOS DO LUSO



e os bos fillos do Luso,
e os fortes irmáns,
nun só nó, fortemente,
os dous constrinxirás;
tal é a semellanza sonorosa
do garrido falar!

Si... dos fillos do Luso,
que apartados están
por real estulticia
da gloriosa nai,
o pastor, bo e forte,
algún día serás
que a tribu vagarosa
ao deixado clan,
o descarriado gando
que agora errando está,
ao redil antigo
gloriosa volverás.

Citação > Eduardo Pondal (1835-1917), Galiza

> in Poesía, ed. Edicións Xerais de Galicia, 2003.

17 de Maio de 1863 é a data da publicação de "Cantares Gallegos", de Rosalía de

Castro (1835-1885), considerada a primeira obra literária posterior aos cancioneiros
medievais que recupera para a língua galega a condição de língua escrita, no contexto
do renascimento cultural ocorrido na Galiza na segunda metade do séc. XIX.
Um
século depois, em 1963, a Real Academia Galega homenageou Rosalía de Castro,
e instituiu o dia 17 de Maio como o Dia das Letras Galegas, com o objectivo
de
homenagear todos os anos diferentes autores galegos que, pela importância da sua
obra, contribuiram para o processo de recuperação da consciência nacional galega.
Em 1965 é a vez de Eduardo Pondal, defensor do federalismo ibérico,
que incluía a
recuperação da irmandade histórica com Portugal.
[Adenda] Ver também Coroas de Pinho.
[P]

Pintura > José Dominguez Alvarez (1906-1942], Portugal/Galiza
> Paisagem com camponesa, s/l, s/d (fonte iconográfica: Cabral Moncada Leilões)
[R]

Pesquisar Dominguez Alvarez (links):
> Centro de Arte Moderna/FCG

> Artecapital
> Gotas d'Água

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quinta-feira, maio 10, 2007

[citação 20]
VIVO EM LISBOA



Vivo em Lisboa como se vivesse no fim do mundo, ou num
lugar que reunisse vestígios de toda a Europa. A cada esquina
encontro reminiscências doutras cidades, doutros encontros,
doutras viagens.

Aqui, ainda é possível inventar uma história e vivê-la. Ou ficar
assim, parado, a olhar o rio e fingir que o Tempo e a Europa
não existem - e Lisboa, se calhar, também não.

Citação > Al Berto (1948-1997), Portugal
> in
O Anjo Mudo, ed. Assírio & Alvim, Lisboa, 2000

Fotografia >
Vítor Palla (1922-2006), Portugal
>
Lisboa, 1989, col. Fundação PLMJ
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