[citação 20]
VIVO EM LISBOA

Citação > Al Berto (1948-1997), Portugal
> in O Anjo Mudo, ed. Assírio & Alvim, Lisboa, 2000
Fotografia > Vítor Palla (1922-2006), Portugal
> Lisboa, 1989, col. Fundação PLMJ
[R]
VIVO EM LISBOA

“ Vivo em Lisboa como se vivesse no fim do mundo, ou num
lugar que reunisse vestígios de toda a Europa. A cada esquina
encontro reminiscências doutras cidades, doutros encontros,
doutras viagens.
Aqui, ainda é possível inventar uma história e vivê-la. Ou ficar
assim, parado, a olhar o rio e fingir que o Tempo e a Europa
não existem - e Lisboa, se calhar, também não.”
Citação > Al Berto (1948-1997), Portugal
> in O Anjo Mudo, ed. Assírio & Alvim, Lisboa, 2000
Fotografia > Vítor Palla (1922-2006), Portugal
> Lisboa, 1989, col. Fundação PLMJ
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Etiquetas: [citações 11-20], Al Berto, Lisboa, Vítor Palla
8 Comentários:
a imagem não aparece !
Lisboa não tem existido!
Concordo com Roteia ao colocar este texto e esta imagem, ambos notáveis. Também concordo com Mário, em relação a Lisboa, mas no meu caso a imagem aparece. Também concordo comigo: Lisboa existe, existia antes de Carmona, e há-de existir depois dele, há-de sobreviver-lhe.
Mário,
só uma pequena correcção - Lisboa tem existido, sim, nas vias rápidas em pleno centro da cidade, ladeadas de parques de estacionamento não utilizados e de passeios submersos em carros, nos túneis que ajudam a colocar mais carros no centro, nas construções desenfreadas do Porto de Lisboa, que tomou conta do rio, no Campo Pequeno depenado dos seus 200 álamos e jacarandás, na poluição campeã de recordes europeus, na proliferação de condomínios privados em centros culturais e históricos...Lisboa tem existido, sim, como cidade massacrada.A quem podemos pedir socorro?
Conheci este blog na «Cidade das Mulheres». Bom, do nome ao resto. Parabéns. Prá troca nada mais tenho para oferecer que o meu incipiente http://maiomena.blospot.com.
Até os mestres duvidavam:
"Nesta cidade, onde agora me sinto
mais estrangeiro do que os gatos persas;
nesta Lisboa, onde mansos e lisos
os dias passam a ver as gaivotas,
e a cor dos jacarandás floridos
se mistura à do Tejo,em flor também,
só o Cesário vem ao meu encontro,
me faz companhia, quando de rua
em rua procuro um rumor distante
de passos ou aves, nem eu sei já bem".
Eugénio de Andrade - Em Lisboa com Cesário Verde
Um abraço :)
Eu sei que Lisboa não desapareceu, mas não tem existido muito nos últimos anos como cidade feita para os seus cidadãos. Já a vi mais viçosa, mas como já aqui vivo desde 60, já vi muita coisa, pelo que sei bem que todos os estados são transitórios. De qualquer forma há muitas Lisboas dentro do espaço físico da capital, algumas são refúgios e outras são estandarte, mas sinto que a minha Lisboa talvez nunca possa existir para além da minha cabeça.
Estou viva em Lisboa :-)
Até sempre!
É bom sentir fragâncias quando elas não existem.
Lisboa existe...
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