O FIM DAS IDEOLOGIAS?
Podemos falar no "fim das ideologias"? Creio que não. Ou talvez sim, no fim das ideologias esquerda-direita, porque estas foram substituídas por uma ideologia única, sem rosto, sem partido e, dizem-nos, sem alternativa.
Um único "ismo": o economicismo.
A erosão das democracias, orientadas e corroídas pela omnipresente economia de mercado, talvez resida justamente na incapacidade para gerar pensamento novo, alternativo, dentro do sistema economicista. Rendidos às maravilhas do nosso tempo, à abundância (fartura do útil e do inútil), à vertigem das novidades globalizadas, não temos tido forças para reagir ao colapso global. Nem mesmo quando nos anunciam oportunidades. Crisis? What crises?
Pintura > Michael Biberstein (n. 1948), Suíça/Portugal
> (s/t, s/d, s/l) > (v. Michael Biberstein)
[R]
Podemos falar no "fim das ideologias"? Creio que não. Ou talvez sim, no fim das ideologias esquerda-direita, porque estas foram substituídas por uma ideologia única, sem rosto, sem partido e, dizem-nos, sem alternativa.
Um único "ismo": o economicismo.
A erosão das democracias, orientadas e corroídas pela omnipresente economia de mercado, talvez resida justamente na incapacidade para gerar pensamento novo, alternativo, dentro do sistema economicista. Rendidos às maravilhas do nosso tempo, à abundância (fartura do útil e do inútil), à vertigem das novidades globalizadas, não temos tido forças para reagir ao colapso global. Nem mesmo quando nos anunciam oportunidades. Crisis? What crises?
Pintura > Michael Biberstein (n. 1948), Suíça/Portugal
> (s/t, s/d, s/l) > (v. Michael Biberstein)
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2 Comentários:
Agrada-me particularmente a expressão 'fartura do útil e do inútil'. Este post toca na 'ferida'.
O problema é que anda tudo obcecado com a partida de futebol Sócrates-Ferreira Leite, dois-um, zero-zero... relvado, esférico, golo, empate, desafio, partida, partido. E inteiro, Portugal inteiro? Fado ou enfado?
Como dizia Manuela Ferreira Leite quando interrogada sobre a hipótese de não se incluir arguidos e acusados como candidatos ao poder, "em tempo de eleições não se discutem coisas sérias". E a senhora tem razão. Mas não me parece que as ideologias não estejam lá (obviamente temos de perceber que elas mudam com os tempos e as sociedades); o que acontece é que vemos estratégias claras para evitar que elas venham à luz e que se confrontem. Se até Louçã e o seu bloco de esquerda conservadora conseguiram esconder tão bem a sua verdadeira ideologia!
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