CAVACO EM ANTEVISÃO
Cavaco quebra mais um tabu, falando hoje à noite. Não são novidade, os inúmeros tabus que Cavaco produziu na vida política portuguesa: ele sempre geriu o que quis, como quis, quando quis. De cada tabu, saiu quase sempre incólume, habituado como está a trepar os degraus do prestígio através de truques majestáticos que deixam em estado de ansiedade a maioria dos orgãos de informação e uma parte substancial do país. Mas desta vez, estupefactos com o ponto a que chegou a tão apregoada "gestão do silêncio", os portugueses dificilmente lhe perdoarão.
Desta vez Cavaco foi longe de mais, diga ele o que disser e como disser. Vai finalmente esclarecer o seu papel no "caso das escutas"? Ou não vai esclarecer coisa nenhuma, sob o argumento do "ciclo eleitoral"? Será que se demite para provocar presidenciais antecipadas?
E nós, até quando vamos suportar tanta imparcialidade, tanto "sentido de Estado"?
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Cavaco já falou. O que disse e desdisse não nos deixa com nenhuma dúvida: a presidencial sapiência (depois de ser forçada a declarações públicas), defende-se atacando (ele que nunca ataca ninguém, ele que só pensa nos superiores interesses da nação) e dispara sobre o "partido do governo". O que prepara Cavaco para breve? Ou será que ensandeceu?
Instalação > Alexandre Estrela (n.1971), Portugal
> TV's Back, 1995, col. CAM/FCG
[R]
Esta obra vídeo de Alexandre Estrela impressiona pela simplicidade ambígua do dispositivo que o artista utiliza. Apenas isto: um televisor colocado num pequeno compartimento reproduz a imagem da parte de trás do mesmo televisor.
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Cavaco quebra mais um tabu, falando hoje à noite. Não são novidade, os inúmeros tabus que Cavaco produziu na vida política portuguesa: ele sempre geriu o que quis, como quis, quando quis. De cada tabu, saiu quase sempre incólume, habituado como está a trepar os degraus do prestígio através de truques majestáticos que deixam em estado de ansiedade a maioria dos orgãos de informação e uma parte substancial do país. Mas desta vez, estupefactos com o ponto a que chegou a tão apregoada "gestão do silêncio", os portugueses dificilmente lhe perdoarão.
Desta vez Cavaco foi longe de mais, diga ele o que disser e como disser. Vai finalmente esclarecer o seu papel no "caso das escutas"? Ou não vai esclarecer coisa nenhuma, sob o argumento do "ciclo eleitoral"? Será que se demite para provocar presidenciais antecipadas?
E nós, até quando vamos suportar tanta imparcialidade, tanto "sentido de Estado"?
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Cavaco já falou. O que disse e desdisse não nos deixa com nenhuma dúvida: a presidencial sapiência (depois de ser forçada a declarações públicas), defende-se atacando (ele que nunca ataca ninguém, ele que só pensa nos superiores interesses da nação) e dispara sobre o "partido do governo". O que prepara Cavaco para breve? Ou será que ensandeceu?
Instalação > Alexandre Estrela (n.1971), Portugal
> TV's Back, 1995, col. CAM/FCG
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Esta obra vídeo de Alexandre Estrela impressiona pela simplicidade ambígua do dispositivo que o artista utiliza. Apenas isto: um televisor colocado num pequeno compartimento reproduz a imagem da parte de trás do mesmo televisor.
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4 Comentários:
Esclareceu: que não tinha nada a esclarecer, apenas a reiventar os factos.Esclareceu que entrou em guerra pessoal com o governo (como se não soubéssemos)e com todos os portugueses que o elegeram. Porque é que cá não temos o impeachment como em países "menos" democráticos como os EUA?
O homem anda a tomar drogas maradas, está visto!
Sim, cara Bolota, é certo que caiu a máscara do presidente rigoroso. Mas ao mesmo tempo creio que talvez ele tenha colocado uma máscara nova, a máscara do presidente indignado.
A questão, para mim, uma vez que Cavaco "não dá ponto sem nó", é saber o que prepara ele para os próximos tempos.
Drogas maradas, caro Terrorista, é o que parece. Ou talvez drogas lançadas sobre as nossas cabeças.
Sem dúvidas, ele endoideceu... mas ele já estava assim, há dois anos.
Uma lástima...
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