JOSÉ M. RODRIGUES, EM ÉVORA
José M. Rodrigues - Antologia Experimental, no Palácio da Inquisição, em Évora,
ao longo deste Verão. Lê-se num texto parietal da exposição:
"Antologia Experimental" (1972-2008), reúne segmentos do percurso
fotográfico de José M. Rodrigues explorando relações múltiplas entre
fotografias das últimas duas décadas e o trabalho experimentalista realizado
sobretudo na década de 1980, período em que o artista, então a residir na
Holanda, manteve estreitas ligações com os movimentos de vanguarda do
centro da Europa.
Fotógrafo dos pés à cabeça (ou da cabeça aos pés), José M. Rodrigues diz
que não saberia viver sem fotografar. Uma confissão apaixonada de quem
fotografa de corpo inteiro e para quem o experimentalismo foi uma zona de
pura respiração, que cruza até hoje com as práticas fotográficas clássicas.
Ao contrário dos escultores ou pintores que afirmam utilizar a fotografia para
dizer aquilo que não poderiam dizer de outro modo, José M. Rodrigues tem
utilizado outras linguagens - instalação, objectos tridimensionais, vídeo,
performance - para explorar e aprofundar aquilo que pretende dizer como
fotógrafo. Mais do que um trabalho implicando a diluição de fronteiras entre
a fotografia e as outras disciplinas, trata-se fundamentalmente de uma fusão
de linguagens ao serviço da fotografia. Este aspecto talvez deva considerar-se
a principal originalidade do seu percurso experimental, por comportar uma
misteriosa unidade contida na diversidade, a par de factores de irreverência
que o artista subordina ao sentido da ordem. José M. Rodrigues toma como
suas as palavras do pintor George Braque: "Amo a regra que corrige a emoção,
amo a emoção que corrige a regra".
Foto-objecto > José M. Rodrigues (n. 1951), Portugal
> S/título, Amsterdam, 1985/2008. Sequência de diapositivos em caixa de luz,
no Palácio da Inquisição, Évora.
[R]
José M. Rodrigues - Antologia Experimental, no Palácio da Inquisição, em Évora,
ao longo deste Verão. Lê-se num texto parietal da exposição:
"Antologia Experimental" (1972-2008), reúne segmentos do percurso
fotográfico de José M. Rodrigues explorando relações múltiplas entre
fotografias das últimas duas décadas e o trabalho experimentalista realizado
sobretudo na década de 1980, período em que o artista, então a residir na
Holanda, manteve estreitas ligações com os movimentos de vanguarda do
centro da Europa.
Fotógrafo dos pés à cabeça (ou da cabeça aos pés), José M. Rodrigues diz
que não saberia viver sem fotografar. Uma confissão apaixonada de quem
fotografa de corpo inteiro e para quem o experimentalismo foi uma zona de
pura respiração, que cruza até hoje com as práticas fotográficas clássicas.
Ao contrário dos escultores ou pintores que afirmam utilizar a fotografia para
dizer aquilo que não poderiam dizer de outro modo, José M. Rodrigues tem
utilizado outras linguagens - instalação, objectos tridimensionais, vídeo,
performance - para explorar e aprofundar aquilo que pretende dizer como
fotógrafo. Mais do que um trabalho implicando a diluição de fronteiras entre
a fotografia e as outras disciplinas, trata-se fundamentalmente de uma fusão
de linguagens ao serviço da fotografia. Este aspecto talvez deva considerar-se
a principal originalidade do seu percurso experimental, por comportar uma
misteriosa unidade contida na diversidade, a par de factores de irreverência
que o artista subordina ao sentido da ordem. José M. Rodrigues toma como
suas as palavras do pintor George Braque: "Amo a regra que corrige a emoção,
amo a emoção que corrige a regra".
Foto-objecto > José M. Rodrigues (n. 1951), Portugal
> S/título, Amsterdam, 1985/2008. Sequência de diapositivos em caixa de luz,
no Palácio da Inquisição, Évora.
[R]
Etiquetas: José M. Rodrigues
4 Comentários:
Retornarei a Évora para a visitar com mais calma
não conheço as obras de JM Rodrigues para me adiantar seja o que for sobre elas. já sobre a citação de Braque subtraio «corrigir» e adapto para «adoro uma boa luta entre regra e emoção e espero que a última vença no final»
Para mim...a fotografia congela no tempo a memória e o sentir dela.
E que sim, a emoção!
Que tanta razão também cansa.
Abçs
Pois sim, a emoção, a inteligência da emoção... se falamos de afectos. Mas se falamos de arte, lá vêm as regras e o indispensável confronto racionalidade/emoção. Entenda-se por regras o conjunto de saberes acumulados (em fotografia, por exemplo) e é sobre regras que se exerce a intuição artística, não podendo esta excluir a emoção nem mesmo a subversão das regras.
Quanto à exposição do José Rodrigues, uma coisa posso garantir: no calor infernal do Alentejo, o Palácio da Inquisição oferece uma temperatura natural confortável. Uma espécie de milagre, entre outras emoções.
R.
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