MEG

Citação > Fernando Pessoa (1888-1935), Portugal
> A última frase, escrita a lápis (...), in Maria José de Lancastre, "Fernando Pessoa
- Uma Fotobiografia", ed. Imprensa Nacional-Casa da Moeda/Centro de Estudos
Pessoanos, Lisboa, 1981
Fotografia > Tina Modotti (1896-1942), Itália/México
> Roses, Mexico, 1924, col. Museum of Modern Art/MoMA, New York
Este post destina-se a integrar uma homenagem colectiva em memória de Maria
Elisa Guimarães (Meg), recentemente falecida. Com ela troquei comentários e
mails, a propósito da frase citada num post do Sub Rosa, em 30 de Novembro
último (data do aniversário da morte de Pessoa), mas eu desconhecia nessa altura
que a própria Meg se encontrava gravemente doente. Tinha intenção de escrever
aqui acerca do impacto desta amiga virtual na minha vida bloguística e também
sobre a perturbante notícia da sua morte. Porém, perdi a coragem, depois de ler
o extraordinário depoimento "Minha mulher morreu", publicado hoje mesmo
por Paulo José Miranda. Sem palavras.
[R]

“ I know not what tomorrow will bring.”
Citação > Fernando Pessoa (1888-1935), Portugal
> A última frase, escrita a lápis (...), in Maria José de Lancastre, "Fernando Pessoa
- Uma Fotobiografia", ed. Imprensa Nacional-Casa da Moeda/Centro de Estudos
Pessoanos, Lisboa, 1981
Fotografia > Tina Modotti (1896-1942), Itália/México
> Roses, Mexico, 1924, col. Museum of Modern Art/MoMA, New York
Este post destina-se a integrar uma homenagem colectiva em memória de Maria
Elisa Guimarães (Meg), recentemente falecida. Com ela troquei comentários e
mails, a propósito da frase citada num post do Sub Rosa, em 30 de Novembro
último (data do aniversário da morte de Pessoa), mas eu desconhecia nessa altura
que a própria Meg se encontrava gravemente doente. Tinha intenção de escrever
aqui acerca do impacto desta amiga virtual na minha vida bloguística e também
sobre a perturbante notícia da sua morte. Porém, perdi a coragem, depois de ler
o extraordinário depoimento "Minha mulher morreu", publicado hoje mesmo
por Paulo José Miranda. Sem palavras.
[R]
Etiquetas: Fernando Pessoa, Tina Modotti
12 Comentários:
Deixa-nos sinceramente sem palavras. Fiquei com uma angústia tremenda.
Muito obrigado por esta bela homenagem!
Nos últimos meses falavamos muito de Pessoa...
Bem haja.
Abraço forte
As (sub)rosas de Modotti, meu caro Paulo, talvez as mais belas rosas da história da fotografia, para Meg. Creio que lhe ficam bem.
Sobre Pessoa, recordo "Dai-me rosas, rosas, e lírios também..."...
Abraços.
Foi terrível ter-vos lido hoje. Ficar tão triste por uma desconhecida. Como se essa mulher fosse mil mulheres e todas elas desaparecidas. Eu não conheço nenhuma, choro esta que vocês me mostraram, choro com a carta de amor, choro o riso e a palavra. Abç
Um dia recebi um mail da Meg a incentivar-me para deixar aqui um comentário n'A moldura'. Não podia recusar um «pedido» tão especial, de uma pessoa extraordinária. E esse pedido nada mais era do que o seu enorme gosto em ver a partilha de ideias, especialmente entre pessoas de que ela gostava.
Esse foi o meu 1º comentário neste lugar que já frequentava. Este é o meu 2º. Pela sua homenagem à nossa Meg.
Bettips:
O seu comentário toca num ponto que me tem ocupado o pensamento desde o dia em que soube da morte de Meg. De facto, surpreendentemente, e isto aconteceu-me pela primeira vez, constatei que o desaparecimento de uma amiga virtual tem um peso semelhante à perda de alguém com quem nos cruzamos no nosso território real. A blogosfera parece-me hoje uma nova forma de convivência intelectual, contendo laços de afecto tanto ou mais desinteressados quanto imateriais.
Por outro lado, o facto de um blogue poder permanecer no "espaço" para além da vida do seu autor parece conferir-lhe uma dimensão vitalícia, uma respiração própria.
Abraços.
Sim, Luísa, estou bem recordado desse seu relevante comentário sobre "A Moldura". O entusiasmo de Meg e o gosto dela pelo diálogo são um exemplo único de como se pode comunicar na blogosfera, e com que generosidade. Por isso, enquanto o Ultraperiférico existir, o link do Sub Rosa permanecerá na coluna lateral.
E agora estou a lembrar-me de um texto parietal que acompanha o núcleo de antiguidades egípcias do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa: (cito de memória) "soletrar o nome de um morto significava fazê-lo regressar à vida". Soletremos Meg.
Abraços.
É ainda mais estranha a morte vista na dimensão da blogosfera, porém igualmente sentida apenas pelo contacto que se define na palavra escrita...
É deveras comovente o texto e esta situação que partilho pela primeira vez...?!
Até sempre
Fez-me muita impressão este desaparecimento, talvez porque ocorreu logo a seguir a ter conhecido o seu blog e ter pensado que tinha de ser uma pessoa com quem daria muito gosto discutir assuntos.
Foi como uma descoberta logo seguida por uma impossibilidade.
Aconselhava a visita a este post:
http://antologiadoesquecimento.blogspot.com/2007/01/nota_28.html
Corrijo: O link do Sub Rosa passará para a secção "Fora do Mapa", porque Meg morreu, virtualmente.
Caí aqui por acidente. Suponho que você já esteja sabendo que a morte de Meg é falsa? Que ela não morreu? Está cheio de artigos a respeito pela internet.
Enviar um comentário
<< Home