terça-feira, janeiro 23, 2007

MEG




I know not what tomorrow will bring.

Citação > Fernando Pessoa (1888-1935), Portugal
> A última frase, escrita a lápis (...), in Maria José de Lancastre, "Fernando Pessoa
- Uma Fotobiografia", ed. Imprensa Nacional-Casa da Moeda/Centro de Estudos
Pessoanos, Lisboa, 1981

Fotografia > Tina Modotti (1896-1942), Itália/México
> Roses, Mexico, 1924, col. Museum of Modern Art/MoMA, New York

Este post destina-se a integrar uma homenagem colectiva em memória de Maria
Elisa Guimarães (Meg), recentemente falecida. Com ela troquei comentários e
mails, a propósito da frase citada num post do Sub Rosa, em 30 de Novembro
último (data do aniversário da morte de Pessoa), mas eu desconhecia nessa altura
que a própria Meg se encontrava gravemente doente. Tinha intenção de escrever
aqui acerca do impacto desta amiga virtual na minha vida bloguística e também
sobre a perturbante notícia da sua morte. Porém, perdi a coragem, depois de ler
o extraordinário depoimento "Minha mulher morreu", publicado hoje mesmo
por Paulo José Miranda. Sem palavras.
[R]

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12 Comentários:

Blogger Isobel escreveu...

Deixa-nos sinceramente sem palavras. Fiquei com uma angústia tremenda.

23 janeiro, 2007 14:37  
Anonymous Anónimo escreveu...

Muito obrigado por esta bela homenagem!
Nos últimos meses falavamos muito de Pessoa...

Bem haja.
Abraço forte

24 janeiro, 2007 00:44  
Anonymous Anónimo escreveu...

As (sub)rosas de Modotti, meu caro Paulo, talvez as mais belas rosas da história da fotografia, para Meg. Creio que lhe ficam bem.
Sobre Pessoa, recordo "Dai-me rosas, rosas, e lírios também..."...
Abraços.

24 janeiro, 2007 22:37  
Blogger bettips escreveu...

Foi terrível ter-vos lido hoje. Ficar tão triste por uma desconhecida. Como se essa mulher fosse mil mulheres e todas elas desaparecidas. Eu não conheço nenhuma, choro esta que vocês me mostraram, choro com a carta de amor, choro o riso e a palavra. Abç

25 janeiro, 2007 18:44  
Blogger Unknown escreveu...

Um dia recebi um mail da Meg a incentivar-me para deixar aqui um comentário n'A moldura'. Não podia recusar um «pedido» tão especial, de uma pessoa extraordinária. E esse pedido nada mais era do que o seu enorme gosto em ver a partilha de ideias, especialmente entre pessoas de que ela gostava.
Esse foi o meu 1º comentário neste lugar que já frequentava. Este é o meu 2º. Pela sua homenagem à nossa Meg.

25 janeiro, 2007 23:02  
Anonymous Anónimo escreveu...

Bettips:
O seu comentário toca num ponto que me tem ocupado o pensamento desde o dia em que soube da morte de Meg. De facto, surpreendentemente, e isto aconteceu-me pela primeira vez, constatei que o desaparecimento de uma amiga virtual tem um peso semelhante à perda de alguém com quem nos cruzamos no nosso território real. A blogosfera parece-me hoje uma nova forma de convivência intelectual, contendo laços de afecto tanto ou mais desinteressados quanto imateriais.
Por outro lado, o facto de um blogue poder permanecer no "espaço" para além da vida do seu autor parece conferir-lhe uma dimensão vitalícia, uma respiração própria.
Abraços.

26 janeiro, 2007 01:38  
Anonymous Anónimo escreveu...

Sim, Luísa, estou bem recordado desse seu relevante comentário sobre "A Moldura". O entusiasmo de Meg e o gosto dela pelo diálogo são um exemplo único de como se pode comunicar na blogosfera, e com que generosidade. Por isso, enquanto o Ultraperiférico existir, o link do Sub Rosa permanecerá na coluna lateral.

E agora estou a lembrar-me de um texto parietal que acompanha o núcleo de antiguidades egípcias do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa: (cito de memória) "soletrar o nome de um morto significava fazê-lo regressar à vida". Soletremos Meg.
Abraços.

26 janeiro, 2007 02:15  
Blogger Aldina Duarte escreveu...

É ainda mais estranha a morte vista na dimensão da blogosfera, porém igualmente sentida apenas pelo contacto que se define na palavra escrita...

É deveras comovente o texto e esta situação que partilho pela primeira vez...?!

Até sempre

26 janeiro, 2007 20:50  
Anonymous Anónimo escreveu...

Fez-me muita impressão este desaparecimento, talvez porque ocorreu logo a seguir a ter conhecido o seu blog e ter pensado que tinha de ser uma pessoa com quem daria muito gosto discutir assuntos.
Foi como uma descoberta logo seguida por uma impossibilidade.

27 janeiro, 2007 14:36  
Anonymous Anónimo escreveu...

Aconselhava a visita a este post:

http://antologiadoesquecimento.blogspot.com/2007/01/nota_28.html

28 janeiro, 2007 21:12  
Anonymous Anónimo escreveu...

Corrijo: O link do Sub Rosa passará para a secção "Fora do Mapa", porque Meg morreu, virtualmente.

29 janeiro, 2007 01:37  
Blogger DaniCast escreveu...

Caí aqui por acidente. Suponho que você já esteja sabendo que a morte de Meg é falsa? Que ela não morreu? Está cheio de artigos a respeito pela internet.

10 fevereiro, 2007 21:32  

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