[citação 17]
CECI

Citação/Pintura > René Magritte (1896-1967), Bélgica
> La trahison des images (Ceci n'est pas une pipe), 1928-29.
Pesquisar Magritte
http://www.magritte.be
http://www.magrittemuseum.be
http://www.artcult.com/magri.html
http://arts.fluctuat.net/rene-magritte.html
http://fr.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9Magritte
http://fr.wikipedia.org/wiki/La_trahison_des_images
http://cours.funoc.be/essentiel/article/article.php?idart
[P]
CECI

Citação/Pintura > René Magritte (1896-1967), Bélgica
> La trahison des images (Ceci n'est pas une pipe), 1928-29.
Pesquisar Magritte
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http://www.magrittemuseum.be
http://www.artcult.com/magri.html
http://arts.fluctuat.net/rene-magritte.html
http://fr.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9Magritte
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Etiquetas: [citações 11-20], René Magritte
14 Comentários:
Sempre gostei do Magritte e da forma inteligente como nos põe a pensar nos problemas da representação e da impossibilidade do "realismo" em arte, mas só depois de muitos anos a viver na Bélgica é que percebi "realmente" a originalidade e a pertinência da sua obra.
Quanto ao Ultraperiférico, sempre um lugar de sensibilidade e de subtileza.
Ceci n'est pas un commentaire...
Ceci n'est pas une réponse...
2D c'est pas la meme chose que 3D
Fiquei muito impressionado com a forma como esta pintura se cruza e entrecruza com o mundo da internet e dos blogs.
Não conseguiria expressar em palavra, melhor adjectivo que esta imagem.
mas até poderia ser... :-)
será que a obra se pode "reduzir" à intencionalidade do autor?
então aonde está a polissemia, um dos 'atributos' que nos fazem distinguir um objecto artístico de um objecto comum?
as coisas são sempre o que quiseremos ver... os limites são sempre os do nosso olhar, não a visão que os outros nos querem impôr; é isto a nossa riqueza, ou a nossa pobreza.
A visão dos outros pode ser mais rica e fecunda do que a nossa, os nossos limites são cada vez mais estreitos por inércia ou preguiça. A intencionalidade do autor pode pura e simplesmente esfumar-se com o tempo, mas se a obra é forte isso é irrelevante, a capacidade de "falar connosco" do fundo dos tempos é uma das coisas que sempre me impressionou nas obras de arte cronológicamente muito antigas.
Luisa: experimenta pegar neste cachimbo e fumar um bocadinho. Aquilo que ali está é apenas a representação, isso sim, de um cachimbo. Só. E o Magritte tinha toda a razão. De génio, de génio.
Mário:
Um cinzeiro em forma de cachimbo não é um cachimbo, é um cinzeiro (aliás, um cinzeiro kitsch). A função e a representação determinam a "veracidade" dos objectos. Por isso a passagem da tridimensionalidade para a bidimensionalidade, ou vice-versa, não é factor determinante.
Mas esta questão é particularmente pertinente no campo da fotografia. Não será a fotografia (sempre!) uma traição à realidade?
Leiam o fabuloso ensaio do Walter Benjamin "A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutibilidade Técnica", inserido no livro "Sobre Arte, Ténica, Linguagem e Política" (editado pela Relógio D'Água)
W. Benjamin é muito bem lembrado. E já agora, também Adorno, para completar as coisas no campo das referências marxistas. Isto, sem querer alargar o debate para áreas que dificilmente se enquadram no formato blog.
Gonçalo, muito obrigada pelo seu tão esclarecedor comentário que é "apenas uma representação"... de um cachimbo. E acrescento na mesma linha de ideias... e uma afirmação em francês.
Ah! e prefiro cigarros, no que toca a fumos. :-)
Eu também prefiro cigarros como a Luisa. Agora que as formas deste cachimbo de Magritte são belíssimas, lá isso são. No seu comentário mais acima interessou-me
particularmente a questão da intencionalidade. Entreli ideias contrárias à da fenomenologia (é a obra que nos olha, não o nosso olhar que domina a obra). É assim?
Não sei se vou responder à pergunta. O que eu sei é que o Magritte segue, de forma mais ou menos sistemática, alguns conceitos do Duchamp. E este cachimbo" ilustra bem essa influência. O tal jogo entre o sensível e o inteligível, o subjectivo e o concreto e, por fim, o facto de não se tratar de uma obra "meramente retiniana", como diria o próprio Duchamp.
Agora, uma coisa eu defendo: o nosso olhar nunca domina a obra ou vice-versa. Acredito, isso sim, que entre a obra e o espectador há uma espécie de compromisso, uma espécie de "entendimento". Sem um deles, não existe o outro. E qualquer obra precisa de um olhar. Um olhar subjectivo. E esse olhar é importante, na medida em que fecha o círculo entre obra e espectador. É, no fundo, a última peça do puzzle.
Roteia, obrigada pela sua questão. Talvez prefira ir buscar uma frase do próprio Magritte: "Tudo o que vemos esconde outra coisa, e nós queremos sempre ver o que está escondido pelo que vemos". E quem vê a obra não é apenas o seu criador,todos os que a olham, pensam-na, sentem-na (com menor ou maior consciência). Claro que a forma ou o conteúdo aparente podem guiar o olhar (também aí pode estar uma certa intencionalidade do autor), mas o olhar (quando é olhar e não somente um ver) é sempre interpretação, é ir além desse "inócuo" olhar, possibilitando outros olhares.
Se é arte, a obra não se fecha... é obra aberta :-)
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