quinta-feira, outubro 12, 2006

[citação 11]
AMO A REGRA





Amo a regra que corrige a emoção.
Amo a emoção que corrige a regra.


Citação/Litografia > Georges Braque (1882-1963), França
> J'aime la règle qui corrige l'émotion. J'aime l'émotion qui corrige la règle,
in "George Braque - His Graphic Work", ed. Abrams, New York, 1961

Pesquisar Georges Braque

http://perso.orange.fr/art-deco.france/braque.htm
http://www.guggenheimcollection.org/site/artist_bio_23.html

[R]

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16 Comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

A dicotomia técnica / ideias ?

Só absorvendo e incarnando ambas pode nascer uma obra merecedora de ser vista.
Braque sintetiza admirávelmente esta dicotomia. Ideias sem técnica têm remédio, técnica sem ideias é mortalmente aborrecida.

12 outubro, 2006 10:14  
Anonymous Anónimo escreveu...

É uma das frases da minha vida. Partilho-a com certo pudor, como quem abre mão de um tesouro pessoal. Sempre pensei que estas palavras contém um segredo precioso, essencial para os que procuram nas artes um rumo.
A litografia original não tem cor. Talvez seja atrevimento meu colocá-la assim na net. Braque consenti-lo-ia?


Confesso-lhe, Mário, que nunca me ocorreu associar tão directamente técnica a "regra", ideias a "emoção".
Estou agora curioso sobre associações de outros leitores.

12 outubro, 2006 13:14  
Blogger Luísa R. escreveu...

Também é uma das frases da minha vida.
Na realidade, a regra sem emoção não faz sentido e vice-versa.

E também entendo a leitura do Mário. Mas não considero que para uma obra nascer só concorram a técnica e as ideias.
Para si, a emoção é igual a ideias?

13 outubro, 2006 01:54  
Blogger Aldina Duarte escreveu...

Amo a liberade, incluindo a que me faz resistir aos meus instintos!

Até sempre!

13 outubro, 2006 14:56  
Anonymous Anónimo escreveu...

Luisa R.
Seja bem-vinda a esta "caixinha de diálogos"!
Relativamente à "regra sem emoção e vice-versa" é uma infeliz banalidade e, em certo sentido, um estereótipo da sociedade actual. A leitura da frase é vasta e inclui tanto o campo artístico como o campo dos comportamentos individuais e sociais.

13 outubro, 2006 16:29  
Anonymous Anónimo escreveu...

Aldina:
É muito interessante que tenha envolvido a liberdade nisto. De facto, o cruzamento entre regra e emoção exige liberdade. E não estamos a falar de liberdade de expressão mas de um conceito de liberdade individual que inclui o instinto (e já agora a intuição). Certo?

13 outubro, 2006 16:35  
Blogger Luísa R. escreveu...

Roteia, a leitura da frase é vasta.
Mas preferi a liberdade de restringir.
Mas em qualquer campo não considero que para algo possa nascer só concorram a técnica e as ideias, mas muito mais (em relação ao 1º comentário). Também incluo o instinto, a intuição. E a emoção.
Em liberdade.

13 outubro, 2006 22:03  
Blogger paulo escreveu...

A regra apura (“limpa”) o jacto espontâneo que jorra da emoção vivida. A emoção força a regra a enformá-la no limite entre destruía-la e representá-la. Esta é a minha leitura imediata. Com a ideia de forma e conteúdo em mente. Mas talvez devesse pensar melhor nestas afirmações. Pressinto uma ideia de equilíbrio grego por trás.

14 outubro, 2006 20:26  
Blogger maria escreveu...

A regra pode nascer de uma emoção sem regra.

15 outubro, 2006 15:07  
Anonymous Anónimo escreveu...

Paulo:
Equilíbrio? É isso mesmo! (clássico, moderno, pós-moderno, etc.)

15 outubro, 2006 15:56  
Anonymous Anónimo escreveu...

Maria:
Também acho bem. Mas em arte dá asneira.

15 outubro, 2006 16:00  
Blogger armandina maia escreveu...

Amo os duplos de si,os in e os out, tudo o que alimenta acadeia vital feita de tantos contrários, também, mas não só, dialécticos.
armandina

15 outubro, 2006 22:00  
Anonymous Anónimo escreveu...

Armandina:
Também a mim, salta-me o pézinho para as complementaridades dos contrários. Agora move-me treva e luz, por causa de fotografias e outras coisas visíveis, ou quase.
Abraço.

16 outubro, 2006 03:02  
Anonymous Anónimo escreveu...

E o amar e o amor afinal são regra ou emoção? E corrigir, induz a regra?
Se bem que o amor pode ajudar a corrigir, de repente a beleza destas duas linhas, é desconcertante... sinto uma "algema" entre a liberdade e a castração.
Seja como for, embora lá saltar a vedação..
Grande abraço aos 2.
MM

16 outubro, 2006 23:34  
Anonymous Anónimo escreveu...

Fazer uma dicotomia tão simples é sempre simplificador, mas quando se cria o que nos passa pela cabeça tanto pode ser consciente e planeado, ou totalmente "instintivo".
Do caos das ideias não concretizadas e ainda informes, há que ter alguns auxiliares para que algo interessante possa sair, e um desses auxiliares é a técnica, que nos auxilia na tarefa de criar.

17 outubro, 2006 11:42  
Anonymous Anónimo escreveu...

MM
As suas questões parecem-me pertinentes. No que toca a "o amar e o amor" creio que Braque diria a mesma coisa que disse para a arte. Se a questão fosse colocada sobre a paixão, então não me parece que o ponto de equilíbrio se fizesse dos cruzamentos entre regra e emoção.
"E corrigir induz a regra?" creio que não, ou induz sim na medida em que regra e emoção se possam induzir mutuamente.

17 outubro, 2006 17:21  

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