segunda-feira, maio 22, 2006

MANUEL ZIMBRO





A partir do momento em que estamos atentos a tudo
andamos por um caminho naturalmente desconhecido,
à medida que caminhamos descobrimos tudo de novo
e de novo deixamos tudo para trás.
por onde quer que se vá,
dentro ou fora de casa, vai-se pela primeira vez
verdadeiramente à vontade.
diante disso não há palavras.
(...)
Tenho os pés assentes na terra e um torrão de terra na mão
olho-o ao sol,
o mundo antes de ser mundo, antes do rotundo arrefecimento,
antes da noite do dia possível
antes do caos,
antes de qualquer "antes do" - agora.

Manuel Zimbro
in Torrões de Terra - notas de um lavrador para encontrar o céu e a terra
(R)/(P)

> Manuel Zimbro (1944-2003)
Fotografia
> Rosa, 2000, da série O Mundo visto da terra, aqui à volta de casa
(ed. Porta 33/Assírio & Alvim, Funchal/Lisboa, 2004)
Pintura (guache) >
Da série Torrões de Terra (ed. Assírio & Alvim, Lisboa, s/d)

Pesquisar Manuel Zimbro:
http://www.fundacaocarmona.org.pt/FCCwebapp/artigo2.aspx?cat=224&subID=305
http://altura-maneira.blogspot.com/2005/06/sombra.html
http://oreivainu.weblog.com.pt/arquivo/179414.html
http://uniaobudistaporto.no.sapo.pt/textos_Hogen.htm
http://www.uniaobudista.pt
[R]

Etiquetas:

5 Comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

Salve, Roteia:

obrigado pela visita lá no meu bloguinho. Seus comentários sempre enriquecem aquele espaço. Quanto ao chimpazé, consegui de um amigo. Fique à vontade para copiá-lo para o seu arquivo. É só clicar com o lado direito do mouse sobre o bichinho e escolher o local onde vc deseja que ele permaneça no seu computador.

Cordial abraço do
Aluízio Amorim
Florianópolis - Brasil
http://oquepensaaluizio.zip.net

22 maio, 2006 03:59  
Blogger armandina maia escreveu...

E ainda há quem diga que os blogs são uma cambada de inúteis prontos a matar a mãe par ter direito a um comentário de 3ª classe.
E posts destes, não se comentam? É foleiro, é? PARABèNS pela força deste blog!

armandina maia

23 maio, 2006 01:11  
Anonymous Anónimo escreveu...

Grato pelo comentário, MAM.
Com este post pretendi recordar e homenagear Manuel Zimbro, quando passam 3 anos sobre o dia, para mim muito triste, do seu falecimento a 22 de Maio de 2003.
Manuel Zimbro, artista e sábio, é uma das figuras mais esquecidas de vida cultural portuguesa. Agora no ar, atravessando o espaço universal, o seu nome permanecerá, pelo menos através do maravilhoso Google. E a net é aquilo que parece estar mais próximo daqueles que partiram.
Há pessoas que pelas suas "obras valerosas" nunca hão-de morrer, nem mesmo em Portugal.

23 maio, 2006 12:12  
Anonymous Anónimo escreveu...

Fiquei com vontade de descobrir mais Manuel Zimbro. Há uma coerência, um fio condutor entre a sua poesia, as fotografias, a pintura, que nos revela uma enorme serenidade e sabedoria. Um encanto permanente perante a vida em cada momento...
Obrigada, Roteia e Ultraperiférico.

23 maio, 2006 18:21  
Anonymous Anónimo escreveu...

De Manuel Zimbro sempre se ouvia a palavra simples e clara, e sempre se aprendia com ele. Olhava e escutava e falava com uma atenção e um sorriso tranquilos e olhos brilhantes de menino. Ninguém que o tenha conhecido o esquecerá e por isso mesmo ele continua presente.

01 junho, 2006 16:38  

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