terça-feira, janeiro 24, 2006

E AGORA?

É hábito os vencidos guardarem um período de nojo.
Mas quem tem memória do passado de Cavaco, sabe
que não pode "esperar para ver".
O homem preparou-se durante 10 anos para cumprir
a sua ambição. Mas nós, cidadãos da blogosfera, temos
apenas metade do tempo para evitar o 2º mandato.
É preciso começar já!

Abrimos aqui um espaço de reflexão, para que a Esquerda
não volte a fazer asneira. Esperamos o seu contributo.
Ideias, sugestões, comentários.

3 Comentários:

Blogger Héliocoptero escreveu...

Para que a Esquerda não volte a fazer asneira? Eis umas quantas ideias.

Deixar de brincar aos partidos nas Presidenciais: são eleições apartidárias, por isso devem ter um candidato que avance porque quer, e não porque um partido o apresentou como seu. Tal facto não é estranho ao segundo lugar do Manuel Alegre (que também se deve a outras coisas, atenção).

Deixar de brincar aos messias, como se um Presidente da República pudesse ditar as políticas do governo ou tirar do bolso uma solução mágica para todos os problemas, tipo coelho da cartola. Para messianismo já basta o da Direita.

Adicionar um pouco mais de conteúdo, ou seja, falem mais de questões que de facto interessam do ponto de vista dos poderes presidenciais. Falem de questões constitucioniais, do funcionamento do sistema político, da vida civica e da participação dos cidadãos. Não é porque o Cavaco pouco o fez, que a Esquerda tem que seguir o mesmo caminho.

Cavaco esteve dez anos a preparar-se e reparem bem como: construiu calmamente a imagem do professor universitário, doutor sábio, que está atento aos problemas e livre de parcialidades partidárias, tanto que se afirmou a favor da demissão de Santana Lopes e foi até alvo das habituais babuseiras do Alberto João Jardim. Atentem no exemplo, meus caros.

25 janeiro, 2006 12:55  
Blogger Héliocoptero escreveu...

Já agora, começar a pensar num nome feminino é capaz de ser boa ideia: a julgar pela ausência quase doentia de paridade nos grupos parlamentares e no governo, uma candidata é capaz de ser logo a melhor maneira de afastar politiquices partidárias e, ao mesmo tempo, concentrar a atenção dos media quase de imediato.

25 janeiro, 2006 18:17  
Blogger João Dias escreveu...

Peço desculpa pela visão pessimista, mas a mim parece-me que o desanimador nestas eleições é que não existe muita esquerda.
Existe também uma segunda hipótese que é a de a maioria dos portugueses não cheirarem mesmo nada de política, mas essa era preciso ser mesmo otários e por isso está fora de questão.

Segunda visão pessimista:
os dois primeiros candidatos eram precisamente os mais vazios, hinos, homenagens e "Grândolas" à parte estiveram acima dos partidos mas abaixo do limiar mínimo de conteúdo politicamente esclarecedor.
Sou de esquerda, mas de facto a prestação de Alegre foi, a meu ver, paupérrima (tá a ver). Vi com bons olhos quando este deu sinal de vida da esquerda no PS, na altura de disputar o cargo de Secretário geral, mas agora apenas aliou-se ao vazio e à vontade chica esperta da direita de dividir o PS.

É no entanto irónico que quem está agora acima dos partidos, sejam aqueles que estiveram nas políticas que nos conduziram até este estado, e ver que os que não tiveram responsabilidades e estiveram contra essas políticas a defender os partidos como base da democracia...

26 janeiro, 2006 18:07  

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